segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

vida

A felicidade é, sobretudo, efémera. Ninguém vive feliz para sempre. Há sempre uma altura em que já se foi mais feliz do que se é. Ninguém é feliz todos os dias. Ninguém conseguiu ainda essa proeza, excepto nos filmes. Milhões de filmes. Os filmes que se fazem dentro das nossas próprias vidas condicionam-nos tudo. Condicionam a felicidade que podemos ter em cada dia. Cada dia passa, a vida é um facto. Nada muda isso. Ser feliz para sempre não muda isso, de tão irreal que é. Isto resume-se à impotência. À minha, à tua, à nossa impotência. A impotência é uma coisa frustrante. Traz pessimismo. Traz a ausência do feliz para sempre. E agora eu pergunto: era melhor viver num filme, ser feliz para sempre? Provavelmente. Mas os filmes foram criados por nós, para nos distrair, para nos inspirar. Inspirar, para quê? Podemos ser felizes para sempre? Não. Era melhor sermos todos príncipes e princesas? Não. Há conturbações, há dramas, há dias... No fundo, podemos contar... Com nada. Isto é assim.

Life is a fact

1 comentário:

  1. Exactamente.

    P.S - A verdadeira felicidade não é a da loucura: é da intencionalidade.

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