quinta-feira, 27 de maio de 2010

travel

Amanhã vou apanhar o comboio e libertar-me. A escapatória vai acontecer, eu sinto. Preciso de arejar. É engraçado o que as viagens fazem por nós, há algo de fascinante nos viajantes. Nada os prende a nada, a lugar nenhum, a pessoa nenhuma. Your feelings change like the weather . Liberdade. Vida. Ondas. Cheiros novos, caras novas. Frustrações novas. Mas o que é bom é sair, deixar o transporte, entrar na cultura. Entrar no ar novo. Mesmo que seja a 100 km de onde se está, é novo. Renova-se alguma coisa com uma viagem. Renova-se o ser, o olhar, o ver. Olhamos para dentro de nós e olhamos para a constância que há no que somos. Até que ponto podemos fugir de nós próprios quando viajamos? Está claro que estamos sempre lá, somos nós em qualquer sítio. Mas o que se passa a nossa volta influencia o que se passa por dentro. Faz-nos respirar. Aliviar do peso que é sermos nós próprios com todas as nossas responsabilidades no sítio onde vivemos. É a fuga. A fuga que nos leva de encontro ao que somos. À nossa "mental landscape" essencial. Que para onde quer que vamos, somos nós. É a essência. E convém arejar a essência. sendo um viajante.

Sem comentários:

Enviar um comentário