quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

- O que é que queres fazer quando fores grande?
- Quero viver a vida intensamente!
- Ah... Então é porque não vais fazer nada dela.
- Oh avô, eu é que sei! Porque é que me cortas os sonhos?
- Porque quem tudo quer, tudo perde.
- Está bem, então e se eu disser que viver a vida intensamente pode depender da noção de intenso que se tem?
- Mas a tua é grande.
- É moderada.
- É grande.
- Mas não quer dizer que por sonhar, não faça nada com isso, o intenso pode estar em todo o lado, tem é que se saber ver. Depende de nós, eu acho.
- Por isso mesmo é que pode ser o caminho da perdição.
- Achas que me perco?
- Sim.
- Não acreditas em mim?
- Não.
- Mas não és feliz?
- Sim, sou feliz na minha vida, tranquila.
- E essa vida tranquila não te transmite um sentimento intenso?
- Pode dizer-se que sim, a felicidade é intensa. Mas o que é que pretendes da tua vida?
- O mesmo que tu. O que tens agora. Vida tranquila e intensa.
- Então assim pode ser.


Ao avô.

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